Influência da Formação Educacional no Letramento Financeira: O Papel do Ensino Básico no Desenvolvimento das Competências Financeiras

Abstract

O estudo investiga a relação entre a educação básica e o letramento financeiro, utilizando um modelo de efeitos aleatórios para dados em painel aplicado a uma amostra de sete países (Brasil, Canadá, Estados Unidos, Itália, Polônia, Espanha e Portugal) que participaram das edições de 2015, 2018 e 2022 da pesquisa de letramento financeiro do PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) conduzido e coordenado pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). A análise explora como variáveis socioeconômicas, incluindo o percentual de jovens fora da educação ou emprego, o uso da internet, o PIB per capita e os níveis educacionais, influenciam o desenvolvimento das competências financeiras. Os resultados revelam que a conclusão do ensino secundário inferior (equivalente 6º ao 9º ano no Brasil) é um preditor positivo significativo para o letramento financeiro, indicando que a educação formal desempenha um papel crucial na formação de habilidades financeiras. Variáveis de infraestrutura digital, como o acesso à internet, também apresentam relação estatística significativa com o letramento financeiro. O estudo ressalta a importância de políticas educacionais que integrem conteúdos financeiros no currículo escolar básico, contribuindo para uma sociedade mais informada e resiliente, além de reduzir desigualdades socioeconômicas e promover inclusão financeira.

The study investigates the relationship between basic education and financial literacy, employing a random effects model for panel data applied to a sample of seven countries (Brazil, Canada, the United States, Italy, Poland, Spain, and Portugal) that participated in the 2015, 2018, and 2022 editions of the PISA (Programme for International Student Assessment) financial literacy survey conducted and coordinated by the OECD (Organisation for Economic Co-operation and Development). The analysis explores how socioeconomic variables, including the percentage of youth not in education or employment, internet usage, GDP per capita, and educational levels, influence the development of financial competencies. The results reveal that completing lower secondary education (equivalent to grades 6 to 9 in Brazil) is a significant positive predictor of financial literacy, indicating that formal education plays a crucial role in the development of financial skills. Digital infrastructure variables, such as internets access, also show a statistically significant relationship with financial literacy. The study highlights the importance of educational policies that integrate financial content into the basic school curriculum, contributing to a more informed and resilient society, while also reducing socioeconomic inequalities and promoting financial inclusion.